Clareadores de pele

A construção da ideia de raças humanas e a produção do racismo ajudou a destruir e subjugar populações do chamado ‘Sul Global’, exploradas através de escravismo e colonialismo nos últimos séculos.

Através do racismo científico, a epidermização do racismo se cristalizou com o uso de características fenotípicas como cor de pele para separar os povos e manter explorações e privilégios em prol da branquitude. O mercado se apropriou de diversas formas dessa violência, inclusive com produtos promotores de ideias de embranquecimento cultural, estético e corpóreo.

Os cremes embranquecedores se tornaram uma indústria bilionária com presença em torno do mundo como nos EUA, África, Sudeste Asiático e Brasil – com diferentes graus de sutileza ou vulgaridade na oferta dos supostos benefícios. Entre racismo e capacitismo, os cremes embranquecedores ganham com a sensação de inadequação e também a promove como núcleo do negócio.

Em pleno 2017, a Dove redobra o compromisso do racismo nos clareadores de pele.